O susto 1

Como a médica da Marcela já era de São Paulo antes de nos mudarmos para Piracicaba, resolvemos mantê-la como médica durante a gravidez e fazer todo o acompanhamento com ela em São Paulo. Por esse motivo, todo mês fazíamos uma viagem para São Paulo para essa finalidade. Para "aproveitar a viagem", sempre marcávamos o ultrassom no Fleury em São Paulo no início da tarde e a consulta na médica no final da tarde, retornando assim para Piracicaba no final do dia. Em uma das viagens para São Paulo, eu estava um pouco cansado aquela semana, acabei dormindo no volante já no pedágio chegando em São Paulo e bati o carro. Na verdade bati na traseira de um carro, que foi projetado para o carro da frente (estrago duplo). Na hora eu fiquei super nervoso porque a Marcela estava no banco do passageiro grávida, mas ela mesma não ficou muito nervosa. Nos dois carros que eu bati eram mulheres que estavam dirigindo, sendo que uma mulher ficou um pouco nervosa também, mas a outra estava super tranquila e acabou acalmando a todos dizendo que o mais importante era que ninguém havia se machucado na batida. A mulher que ficou mais nervosa ficava me perguntando como eu havia conseguido bater no carro dela parado no pedágio :-( Acho que se fosse eu no lugar dela teria ficado muito p* da vida, pois realmente você estar parado no pedágio e de repente um carro bate na sua traseira é sem explicação!!! No final das contas ainda fomos para São Paulo fazer o que estava previsto e tudo correu bem.

O primeiro ultrassom - é do tamanho de uma azeitona!!!

O primeiro ultrassom do bebê é mágico. Você praticamente não vê nada e não entende muito bem o que o médico vai mostrando no monitor. Mas a sensação de ver aquela "azeitona" se mexendo é indescritível (no primeiro ultrassom que fizemos o bebê tinha o tamanho de uma azeitona). Acho que quando a gente vê o bebê se mexendo no ultrassom é o primeiro momento que realmente "cai a ficha" de que seremos pai. No caso do pai, nas primeiras semanas não muda praticamente nada, pois não sentimos nada e ainda não dá para ver a barriga, então o ultrassom é que acaba nos aproximando mais da gravidez.

Inclusive por causa do tamanho dele nesse primeiro ultrassom depois ficamos por um certo tempo chamando o bebê carinhosamente de "azeitona", principalmente o avô materno Cássio.

As primeiras preocupações (da Marcela)

Assim que se confirmou a gravidez, as primeiras preocupações da Marcela foram as seguintes:

1) Fazer o enxoval nos Estados Unidos (afinal, está na moda). Mas a viagem para o enxoval fica mais para a frente, pois essa viagem rendeu várias histórias que valem a pena serem contadas com maiores detalhes.
2) Festa de aniversário: como a previsão era que o bebê nascesse no início de janeiro, a Marcela ficou preocupada que os amiguinhos dele (ou dela, naquele momento) estariam sempre viajando quando ele fizesse aniversário e nunca estariam presentes nas festas.
3) Presente de Natal/aniversário: como o bebê nasceria no início do ano, a Marcela também ficou preocupada que ele iria ganhar apenas um presente de Natal/aniversário dos parentes.

Pois é, essas foram as primeiras preocupações da Marcela quando ficou sabendo que estava grávida...

Quem vai ajudar a cuidar?

Quando ficamos sabendo da gravidez (e mesmo antes) uma preocupação que tínhamos era que não teremos os avós por perto, já que meus pais (Rubens e Maria do Carmo) moram em São José do Rio Preto (300km de Piracicaba) e os pais da Marcela (Cassio e Aida) moram em Belo Horizonte (pouco mais de 700km de Piracicaba). Sempre que conversamos com amigos que têm filhos, todos dizem que os avós ajudam bastante a cuidar dos netos e eu vejo isso na casa dos meus pais em Rio Preto, pois meu pai, que hoje está aposentado, vive para cima e para baixo com minhas sobrinhas Júlia e Sofia, filhas da minha irmã Debora e do meu cunhado Henrique. Inclusive a Júlia chama meu pai de "motorista particular" :-) Já do lado da Marcela, os pais dela não têm nenhum neto e eles irão passar o primeiro mês do nascimento do nosso filho conosco aqui em Piracicaba ajudando a cuidar do bebê. No entanto, depois, não teremos nenhum dos avós por perto para nos ajudar a cuidar, o que às vezes nos traz um pouco de preocupação.

Quando tudo começou - meu presente de aniversário

Era dia 02 de maio de 2011, uma segunda-feira. Eu e a Marcela fomos para São Paulo para o retorno do check-up da empresa no hospital Albert Einstein. Eu estava na sala aguardando a chamada do médico, quando ela veio e me falou que pelo exame que ela havia feito ela estaria grávida. Começamos a chorar juntos de emoção na mesma hora. Na quarta-feira, dia 04 de maio, dia do meu aniversário, voltamos para São Paulo para a Marcela fazer exame de sangue, quando confirmou que ela realmente estava grávida. Esse foi o maior presente de aniversário que eu poderia ter recebido. E foi assim que tudo começou....