sexta-feira, 10 de julho de 2015

Corrigindo a mulher que trabalha em casa

Por conta do feriado de ontem no estado de São Paulo, hoje (sexta-feira) estava em casa quando a Kelma, que trabalha para a gente, falou que toda vez que ela fala o "ti" com sotaque da região (tipo bata"ti"nha, pali"ti"nho) o Luca fica lhe corrigindo até ela falar "certo". O "certo" que nesse caso para ele é falar o "ti" com sotaque de "tchi" ou "txi", como bata"tchi"nha ou pali"txi"nho.

Curioso que nem todos que moram em Piracicaba (ou região) tem esse sotaque, assim como o R de PiRRRacicaba, ameRRRicano ou paRRRaquedas, e confesso que prefiro que o Luca e Enzo não tenham esse sotaque :-) Eu também sou do interior (morei em São José do Rio Preto até os 17 anos) e puxo o R, mas o R que eu puxo é o "retroflexo", que é o R entre sílabass, como poRRRta e poRRRteira (entre sílabas), ou então o R no final das palavras, como interioRRR e poRRR do sol. A própria palavra porteira é um bom exemplo da diferença dos 2 tipos de R: eu falo poRRRteira puxando o primeiro R, enquanto que o pessoal de Piracicaba e região fala poRRRteiRRRa puxando os 2 Rs, o que é ainda mais dolorido. Enfim, também sou caipira, mas acho que o sotaque de algumas pessoas de Piracicaba e região é ainda mais caipira que o meu :-)

Somente para fechar esse assunto, outro dia estava conversando com alguém aqui da cidade (não me lembro com quem agora) e então comentei de alguns nomes que seria bom evitar de colocar nos filhos para quem tem o R puxado, como ARRtuRRR e BeRRnaRRRdo, ou ainda o nome composto "ARRtuRRR BeRRRnaRRRdo", que é simplesmente um luxo.


Nenhum comentário:

Postar um comentário